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Crítica: "Lucifer" - 6 temporada

A série "Lucifer" passou ao longo de sua existência por uma montanha russa de acontecimentos. Do seu sucesso, ao seu cancelamento, do seu resgate pela Netflix e pelo anúncio de sua finalização, o seu trajeto foi cheio de reviravoltas, com temporadas boas e ruins, mas sempre com uma forte fanbase. A 6ª e última temporada finaliza como um presente a todos esses fãs que lutaram ao longo dos anos para manter a série viva, garantindo uma finalização boa, mesmo com uma narrativa totalmente previsível.

Após vencer o seu irmão gêmeo Michael, Lúcifer (Tom Ellis) se prepara para ocupar o lugar de seu pai, tornando-se Deus. Enquanto tenta aproveitar o máximo que pode dos seus últimos dias na terra ao lado de sua parceira Chloe (Lauren German) acontecimentos externos e internos atrasam sua ascensão ao trono, abrindo portas para o fim do mundo.


Em paralelo, além de lidar com os mesmos problemas que Lúcifer, Dan (Kevin Alejandro) tenta sair do inferno e se adaptar com sua morte; Ella (Aimee Garcia) luta com sua desconfiança ao demonstrar interesse amoroso em um novo personagem, e em paralelo, começa a desconfiar que seus amigos a escondem um grande segredo; Mazikeen (Lesley-Ann Brandt) e Eva (Inbar Lavi) lidam com seu relacionamento e as incertezas como um novo casal; E Amenadiel (D. B. Woodside) lida com o novo ofício como policial enquanto luta pelas injustiças cometidas dentro e fora do departamento policial.


Contendo 10 episódios de aproximadamente 50 minutos, a série deixa de lado episódios chamados "Fillers", que apenas servem para aumentar a quantidade de episódios por temporada, sem importância para a narrativa, e passa a focar em uma narrativa fechada e bem linear, destacando seus personagens e suas tramas pessoais. Cada um consegue ter seu destaque individual, e com o decorrer dos episódios fica claro as despedidas a fim de finalizar a série sem deixar nada em aberto. O final de todos agrada, tendo finais felizes bem preenchidos e contemplando inúmeros desejos dos fãs.

Os episódios divertem e emocionam, todos os atores dão o seu melhor em suas atuações, retribuindo todo o carinho dos fãs ao longo dos anos, afinal, o apego em torno dos personagens não se dá a um roteiro que muitas vezes é fraco e com diálogos forçados, e sim pelo esforço e carinho de uma equipe que ultrapassa as telas e gera este apego aos fãs.


Contudo, por ser uma temporada que se afirma a todo o instante como um presente para os fãs, fica claro que a narrativa se perde em certos momentos, por tentar inserir diversas teorias propostas por eles em apenas 10 episódios. Decisões importantes tomadas ao longo da 5 temporada são descartadas em segundos de cena. Atitudes são remodeladas apenas para se encaixarem nas narrativas criadas em cima da hora, e a escolha de inserir viagem no tempo na última temporada, apenas para trazer algo muito desejado pelos fãs, acaba por perder a sua verossimilhança (ainda mais quando as regras de tempo criadas são rasas e facilmente debatidas).


Mesmo todos os personagens tendo seus finais felizes, justamente nosso protagonista, marcado pela brilhante atuação de Tom Ellis, acaba por ser um dos únicos a não garantir plenamente o seu digno final, algo que poderia ser resolvido de forma muito simples visto a vaga e incoerente regra temporal proposta pela série.


A série finaliza bem, mas acaba por deixar um pequeno gosto amargo com as problemáticas resolvidas de forma rasa e o destino do protagonista, mesmo que no final ele tenha seu desfecho tão sonhado.


No final, o sentimento é de saudade, e de entender que esta despedida está muito mais para fãs do que qualquer outro espectador, e que todo o amor e capacidade do elenco e equipe foram bem apresentados e transmitidos pela tela.


“Lucifer” se despede e querendo ou não, fica na memória de muitos pela sua premissa interessante e personagens memoráveis.






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Matinê Baiana

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