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"12 Homens e uma Sentença": A Justiça está em suas mãos, mas a morte está em suas mentes

Um clássico que todo cinéfilo deveria ver pelo menos uma vez na vida, "12 Homens e uma Sentença" (12 Angry Men) é um longa de 1 hora e 40 minutos lançado em 1957, dirigido por Sidney Lumet e escrito por Reginald Rose. O filme esta disponível para alugar na Prime Video.

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A narrativa segue 12 jurados num caso de assassinato. Durante a deliberação do veredito, esses homens são confrontados com perspectivas diferentes sobre o acusado e sobre eles mesmos, na tarde mais quente do ano.


"12 Homens e uma Sentença" é um daqueles filmes que faz mágica com uma premissa simples, mas que dá vazão à muita riqueza narrativa. O roteiro de Rose é mestre em rapidamente estabelecer os personagens e suas funções, em conjunto com as performances maravilhosas dos atores.


Aqui nenhum diálogo é jogado fora ou dá a sensação de estar "enchendo linguiça". Cada vez que um personagem abre a boca, a fala é precisa em mover a trama ou explicar o que o filme quer transmitir à audiência. Desse modo, não só acreditamos em sua veracidade, mas a interação dos personagens nunca é chata ou desnecessária: ela passa de amigável para hostil, para depois compreensiva e agradecida naturalmente.


É interessante que o filme, que tem 65 anos de idade, não apresenta um único antagonista. Ele foge do padrão dando a cada um dos personagens um processo de superação individual algo que eles mesmos apresentam. O que acaba sendo um aprendizado coletivo, algo que os muda completamente.


Com Henry Fonda liderando o grupo como o jurado de número oito, a trama se desenvolve quando os 12 homens votam pela culpabilidade do acusado, e um deles discorda da maioria. Trancados numa sala onde a história acontece, eles tentam convencer uns aos outros, revendo evidências e comparando experiências.

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Lee J. Cobb em "12 Homens e uma Sentença"

Todos os atores têm seu momento de brilho, mas Lee J. Cobb chama bastante atenção. Seu personagem é o que mais têm "problemas" para trabalhar sobre o caso, e sua performance é de tirar o fôlego.

Praticamente imobilizada, a direção de Lumet é maravilhosamente astuta. Ele consegue tirar takes incrivelmente significativos não por sua qualidade artística ou simbólica, mas pelo uso perfeito do roteiro e das performances do elenco. A direção aqui é só um meio condutor.


Revisitado o longa hoje em dia, "12 Homens e uma Sentença" tem muito mais a ensinar do que o uso extraordinário de diálogo, tema e performances. Os ensinamentos do filme pode ser transplantado para os dias de hoje, além da óbvia crítica ao descaso com a vida do sistema jurídico na época do filme. Podemos tirar também a importância de pensar sobre as informações que consumimos; o poder de discernir entre uma vingança pessoal e justiça, e que tirar um momento para realmente se importar com o que você está fazendo é um ato de coragem e responsabilidade.


 
 
 

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Matinê Baiana

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