"3 Toneladas: Assalto ao Banco Central": O Ciclo da Ganância
- Helena Vilaboim

- Mar 21, 2022
- 2 min read
Seguindo o estouro de popularidade da série “La Casa de Papel”, a série documental brasileira e também original Netflix “3 Toneladas: Assalto ao Banco Central” conta a narrativa real do maior roubo da história do país: 3 Toneladas de dinheiro roubados em 2005 da sede do banco central em Fortaleza.

A série, dirigida por Daniel Billio é dividida em 3 episódios de 1 hora cada, que contam o planejamento do crime, a caçada aos criminosos e as repercussões do crime em si para os ladrões.
O episódio piloto faz um esforço enorme para dar algum sentido para um crime que parece ser coisa saída de um filme de Hollywood. Munidos de depoimentos de policiais e testemunhas que participaram da investigação na época, o documentário consegue explicar como o roubo foi feito, e a audiência, embora frustrada e indignada, não consegue não se impressionar com a engenhosidade dos criminosos.
Mas no segundo episódio, descobrimos que a engenhosidade e a organização para o acontecimento do roubo em si não foi continuada durante a divisão e escoamento do dinheiro roubado. Por confusões assim, e também por causa da competência da polícia, todos os criminosos, em torno de 30 pessoas foram capturadas e cumpriram pena.

O terceiro e último episódio conta o desfecho não só do caso, mas dos criminosos envolvidos, que devido ao escape de uma prisão, se encontraram novamente nas ruas, mas pagando caro por isso. Viraram alvos de outros criminosos que movidos pela ganância, caçaram os envolvidos e muitos abadaram por ter suas vidas tiradas.
“3 Toneladas: Assalto ao Banco Central” é uma série documental que é interessante de ser assistida por audiências que gostam desses temas, e além do crime em si, a narrativa do documentário expõe o risco do ciclo de ganância. É um daqueles casos em que a audiência tem que fazer um esforço para acreditar na veracidade das imagens sendo mostradas no documentário.



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