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"A Bruxa de Blair": Revolução nos anos 90

A Bruxa de Blair” (The Blair Witch Project) é um filme de 1999 dirigido por Daniel Myrick e Eduardo Sánches. O longa conta com 1 hora e 20 minutos de duração e é um projeto de baixo orçamento no estilo de Found Footage. O filme está disponível na plataforma Prime Vídeo.

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Mike e Josh em "A Bruxa de Blair"

A narrativa segue três amigos, Heather Donahue, Michael Willams e Joshua Leonard (Aqui fazendo o papel deles mesmos), numa viagem para produzirem um documentário sobre a lenda de uma cidadezinha chamada “Blair”. Os três começam a jornada animados e confiantes, mas ao passo que a lenda vai se provando verdadeira, as coisas saem do controle e a narrativa é interrompida antes do final, nos privando de uma conclusão verdadeira.


O estilo de found footage (literalmente “filmagem encontrada”), foi popularizado por “A Bruxa de Blair”, embora não tenha sido o primeiro filme da história do cinema a utiliza-lo. O estilo é um dos preferidos para criadores que estão começando no cinema, por ser uma técnica extremamente barata e ainda assim eficiente. Com found footage, é possível que o espectador veja o mundo mostrado pelos olhos dos próprios protagonistas, já criando uma simpatia instantânea com a situação deles.


Adicionando interesse ao projeto fincado na realidade, "A Bruxa de Blair" teve uma das campanhas de marketing mais brilhantes em décadas. Produtores do filme focaram em provocar um clima de incerteza quanto á veracidade da história. De panfletos de desaparecidos, a notícias em jornais pequenos, a ideia era criar o máximo de curiosidade possível, resultando numa audiência gigantesca, que fez o filme arrecadar milhões de dólares em ingressos.


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O roteiro de “A Bruxa de Blair”, atribuído também á dupla de diretores, é simples e não tem muitas complicações. É um filme extremamente realista e não necessita de grandes explicações para o que está acontecendo. Ele se vale das interações que parecem tiradas da vida real entre os protagonistas e narrativa visual para situar os espectadores em que ponto da história estamos.


Assim como “O Bebê de Rosemary”, esse filme se ancora no conceito de um terror antigo nos tempos atuais. Pela falsa proteção da modernidade, os três amigos se sentem confortáveis em explorar a área em questão sem tomar muitas precauções, julgando que o documentário que eles visam produzir será mais histórico do que uma investigação paranormal. É disso que partem suas decisões que por fim os levam para o final precoce de suas vidas.


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A interação dos três é o que guia o filme. Heather é a líder otimista e com excesso de confiança na “América”, onde vive, e na simplicidade da tarefa que eles têm pela frente, o que já seria arriscado pela possibilidade de se perderem na floresta. Os meninos, Mike e Josh, representam o oposto um do outro, provendo um equilíbrio que serve á narrativa de um jeito maravilhoso.


A jornada começa bem, leve e divertida. Mas á medida de que a floresta vai “ganhando terreno” na psique dos amigos, suas interações se tornam mais hostis um com outro, adicionando ainda mais tensão ás cenas do que já estava estabelecido.


Em conclusão, “A Bruxa de Blair” é um projeto revolucionário para a época que foi feito, e é um filme que ainda tem sua dose de tensão que mantém os espectadores mais inexperientes no gênero. Mas é mais por sua história por trás das câmeras que vale a pena conferir a obra.

 
 
 

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Matinê Baiana

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