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"Crime Sem Saída": Uma homenagem a uma era passada

Há poucos gêneros tão cheios de tensão como um thriller policial. Com os jogos de gato e rato, conspirações profundas e um herói moralmente ambíguo e um vilão genial, esses filmes tem o poder de capturar a atenção da audiência facilmente, Mas será que usando uma estrutura já batida, um filme desses se sustenta ainda hoje?

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"Crime Sem Saída" (21 Bridges) é um longa metragem de 2019 dirigido por Brian Kirk e escrito por Adam Mervis e Matthew Michael Carnahan, e está disponível na HBO Max e na Prime Video. O longa conta somente com 1 hora e 40 minutos de duração.


A narrativa, que se passa em apenas uma noite, é segmentada em duas partes: de um lado segue o detetive Andre Davis (Chadwick Boseman), que é chamado para investigar a morte de 7 policiais de Nova York. Do outro lado, seguimos os criminosos, dois ladrões que, com o cerco se fechando ao seu redor, tem que confiar em Andre para receber um tratamento justo.

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Lançado um ano antes da morte do ator, "Crime Sem Saída" é um filme em que Boseman dá um show de performance. Seu personagem é um detetive conflituado entre seu dever e sua moral de garantir um tratamento justo aos criminosos, que tendo matado policiais, são caçados como animais pelas ruas de Nova York.


O roteiro de Mervis e Carnahan é em certos pontos bastante previsível, e claramente faz menção e homenagem aos thrillers de polícia dos anos 90. Ele constrói um protagonista que tem morais muito fortes em relação aos criminosos, mas ao desfecho do filme, fica duvidoso se esses morais se estendem aos colegas policiais.


A trama ainda envolve uma conspiração profunda no departamento de polícia de Nova York, que embora um tanto chata e mundana, inserida um gênero de filmes em que

mais sempre é melhor, é realista e objetiva. Poderia realmente acontecer.


Outra coisa que chama a atenção é a dinâmica entre Andre e Michael (Stephen James), um dos assassinos. Os dois atores contracenam lindamente um com o outro, e a tensão das cenas entre os dois é um ponto alto no longa.

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Stephen James e Sienna Miller em "Crime sem Saída""

A direção de Kirk não é nada inovadora, mas é bastante detalhista, tomando tempo e espaço para mostrar a ação de um jeito bem realista, o que é sempre um bom sinal nesse tipo de filme, pois indica que houve um preparo para essas cenas focado nos detalhes.


Concluindo, "Crime Sem Saída" não é um filme que quebra paradigmas, mas é um bom thriller, e para quem estava esperando por uma narrativa intrigante e mais pé no chão, é uma boa opção.

 
 
 

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Matinê Baiana

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