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Critíca - Thunderbolts*

Sendo a primeira leva de lançamentos do ano, Thunderbolts* estreia nos cinemas brasileiros no dia 01 de Maio. Se vendendo como uma novidade, nem sempre as chamadas mais cativantes ou o melhor marketing são capazes de modificar um filme. Apesar de trazer pontos narrativos interessantes a partir de jornada até contagiante de se acompanhar, a história já está batida. 

Imagem promocional do filme
Imagem promocional do filme

Dirigido por Jake Schreier e roteirizado por Lee Sung-Jin e Joanna Calo, o filme se desenrola a partir de uma missão idealizada por Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus) a fim de destruir quaisquer provas em relação aos seus corruptos trabalhos em paralelo com a CIA. Ao serem mandados, e sem perceberem, com o mesmo objetivo - exterminar seu alvo - Yelena Belova (Florence Pugh), John Walker (Wyatt Russell), Treinadora (Olga Kurylenko), e Fantasma (Hannah John-Kamen) se vem com um objetivo só: Unir forças para sobreviver. Tudo isso ao lado de uma misteriosa pessoa que surgiu no meio desse caos: Bob (Lewis Pullman). Se encaixando ao grupo descomunal o Guardião Vermelho (David Harbour) e Bucky /Soldado Invernal (Sebastian Stan) também acabam adentrando a jornada, e o grupo de anti-herois deverão lutar coletivamente perante uma força maior.  


A jornada até este filme foi uma grande montanha-russa, e o trabalho de marketing incansável de vender o longa como novidade foi alcançado com sucesso. Com isso, cria-se uma expectativa que infelizmente não é tão alcançada ao longo das 2 horas de duração. 

Visual concept do filme apresentando os anti-heróis
Visual concept do filme apresentando os anti-heróis

Obviamente o projeto está longe de ser um verdadeiro fiasco, e todos os créditos se devem às atuações (principalmente da Florence Pugh) que se encarregam de trazer a seriedade que a trama tenta propor. Infelizmente, de resto tudo parece um grande filtro com baixa saturação, beirando sempre a medianidade. É como se ocupasse uma caixa de checklist onde entrega o que precisa, mas sem ao menos inovar ou se reinventar. Com isso, a fórmula se mantém (Um pouco mais densa, mas mantendo o mesmo tom de piadas) os personagens se mantêm planos (sem camadas de profundidade) e a direção se mantém positiva (onde nada a mais se destaca). 


O desenvolvimento dos personagens, e a trama interligada a eles, também possuem uma abordagem rasa. Personagens tomam decisões, se unem, meramente por um quesito narrativo e não a algo que foi construído. Até existe um esforço para produzir, a partir de falas repetidas que se tornam um mantra de prevenção ao suicidio. Mas ao repeti-las incansavelmente como uma muleta para desenvolver e resolver arcos, a construção final não se escora em nenhum lugar. Sem base, eles partem novamente para o que eles fazem de melhor: Preparar o terreno para o próximo projeto, com o uso de cenas pós-créditos. 


Não é que o projeto se propõe a ser mais do que é, tudo o que ele mostra está nos trailers e propagandas promocionais, é possível concluir a trama completa do filme a partir das imagens vendidas. Consequentemente, o sentimento que se constroi é que algo a mais virá, e quando não ocorre, a frieza decorrente da promessa se torna o sentimento que perdura até as cenas finais.  


Thunderbolts* é o clichê anti-heroi que tenta trabalhar com temas profundos de maneira mais rasa e superficial possível. Ele consegue se manter firme em alguns momentos, mas é tão fragilizada que não se suporta. 


Pss: O filme conta com duas cenas pós-créditos (Que basicamente entrega como será o final de outro filme que também estreia este ano…)

 
 
 

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Matinê Baiana

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