Crítica - "F1"

Clara Ballena
Jun 25
2 min read

Updated: Jul 2

"F1”, com duração de 2h36min, chegou aos cinemas brasileiros no dia 26 de junho. Sendo um blockbuster dedicado igualmente aos fãs de Fórmula 1 e também aqueles que desconhecem o universo, mas possuem interesse nele, o longa retém a habilidade de imersão do público apenas a partir do seu jogo de câmera, edição e trilha sonora original do compositor Hans Zimmer.

Poster do filme "F1" / Imagem: Reprodução

Dirigido por Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick) e escrito em parceira com o roteirista Ehren Kruger (Trilogia Transformers) o filme acompanha a jornada de Sonny Hayes (Brad Pitt), um ex-piloto promissor de fórmula 1 que após um acidente, vive sua rotina em pequenas corridas. Quando Ruben (Javier Bardem), amigo de longa data e ex-corredor, o convida para sua equipe de fórmula 1 ao lado de Joshua (Damson Idris), Sonny vê esse desafio como uma nova oportunidade.

É possível adentrar ao universo fílmico sem entender os princípios das corridas de fórmula 1. No entanto, os fãs do esporte certamente terão uma experiência a mais, percebendo diversas referências, tendo o corredor Lewis Hamilton como um dos produtores principais do filme.

Com isso, o "F1" não pretende fugir de um público tradicional ou muito menos trazer um diferencial: ele é um clássico blockbuster de ação, que até possui o diferencial da perspectiva de câmera: colocando a audiência na perspectiva dos pilotos, tendo uma imersão sublime principalmente nas salas IMAX.

No roteiro, entretanto, a narrativa caminha lentamente para uma não construção de personagens, que modificam seus propósitos, dilemas e conflitos em um piscar de olhos, ou aparente decisão fora da tela, que o público não é capaz de acompanhar.

A trilha de Hans Zimmer é o ponto emocional da história, capaz de encantar e emocionar o público. É com ela que somos capazes de sentir as emoções que a atuação mediana de Brad Pitt não alcança. É com ela que nos tornamos parte da trama e da vivência, do momento de tensão e enfrentamento, isso combinado com o surpreendente design de som que amplifica todos os sentidos e sensações.

Brad Pitt e Damson Idris como pilotos de F1 — Sonny Hayes (Brad Pitt) e Joshua (Damson Idris) em "F1" / Imagem: Reprodução

O elenco principal exerce suas funções de maneira positiva. Apesar dos contratempos do roteiro, visto que foram confirmados cortes narrativos da trama, é possível compreender a história e os personagens que englobam esse cotidiano relativamente bem. Caricatos, mas humanos, são compreensíveis e expõem o necessário para a trama fluir.

“F1” é um filme pipoca capaz de atingir um grande público, entretendo onde convém e trabalhando elementos básicos para construir uma trama sem camadas, deixando nas mãos da trilha sonora o ofício de engajar o público.