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Crítica: A jornada de Vivo

A Netflix está cada vez mais abrindo portas interessantes para as animações, e “A jornada de Vivo” é uma delas. Uma animação leve, equilibrada em seus musicais, com uma mensagem final importante, faz dela uma diversão garantida para toda a família.


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A história acompanha a jornada de Vivo (Lin-Manuel Miranda) um jupará resgatado em Havana que ama música. Sem nunca ter saído de sua cidade, Vivo agora terá que partir rumo ao desconhecido até Miami, para entregar uma canção de amor para um grande amigo. Ele então vai contar com a ajuda de Gabi (Nina Medeiros), uma jovem que ama música, mas com pouco ritmo musical.


A animação se inicia com uma musicalidade marcada pela personalidade do compositor, e também dublador do protagonista, Lin-Manuel Miranda junto com Alex Lacamoire. Logo de cara somos trazidos a um estilo musical que demarca a melodia latina com o rap, traços que quem já assistiu filmes como “Hamilton” e “In The Heights", reconhecerão as semelhanças e podem se animar para dançar junto com o filme nas primeiras cenas. Os traços animalescos recordam bastante de animações como “Kung Fu Panda”, trazendo traços fáceis de serem reconhecidos para um público adulto, e dialoga com facilidade com o público infantil.


O filme consegue manter um equilíbrio natural, seja pela quantidade de músicas e de sua importância para a narrativa, seja para mesclar cenas com mensagens importantes a momentos cômicos. A direção de Kirk DeMicco mescla muito bem o imaginário lúdico com a “realidade” do universo. O diretor sabe trabalhar muito bem com momentos de loucura e perseguições, a diálogos pessoais e emotivos.

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Os personagens são carismáticos, e pela presença tão forte da cultura vizinha a nossa, é impossível não perceber semelhanças culturais em certas atitudes, melodias e diálogos. Mesmo ainda não tendo uma real representação brasileira em filmes americanos, afinal somos a todo o instante excluídos e incluídos na representação latina, fica claro que Lin-Manuel Miranda coloca a representatividade de sua cultura em mais um de seus trabalhos, algo louvável e que não desaparece nesta animação.


A mensagem por trás de toda a jornada revela uma forte ligação com o amor e luto, e de como os personagens ao longo de seus desenvolvimento se unem nesse momento tão difícil na vida. A jornada clássica não cansa e consegue desenvolver bem os personagens, e a fuga por antagonistas clichês abre portas para uma jornada que encontra seus desafios, mas conseguem superá-los. Além de ser um diferencial interessante, traz um respiro de alívio ao público que, carregados do mundo exterior pandêmico, podem assistir a uma aventura leve.

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“A jornada de Vivo” é uma linda aventura que emociona do começo ao fim, que é capaz de fazer o telespectador rir, se emocionar, e dançar ao som das músicas que grudam prazerosamente em nossas cabeças. Seja com o público alvo ou sozinhos, vale a pena assistir a esta animação.


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Matinê Baiana

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