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Crítica: "Continência ao Amor"

Sendo um dos filmes de romance mais comentados nos últimos dias, Continência ao Amor (Purple Hearts) agrega uma geração de leitores viciados em um formato narrativo conhecido como "Enemies to Lovers”. Sendo um sucesso avassalador nos últimos tempos, o longa é uma adaptação do livro de mesmo nome da autora Tess Wakefield.


Lançado no dia 29 de Julho de 2022 pela plataforma de streaming Netflix, o filme narra a história de Cassie Salazar (Sofia Carson) e Luke Morrow (Nicholas Galitzine, duas pessoas completamente diferentes que acabam se casando por conveniência. Agora, ambos terão que manter a mentira para conquistarem seus objetivos pessoais.

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O filme não mede esforços para adicionar todos os elementos, mesmo que batidos, do gênero. Surpreendentemente, mesmo com alguns erros dentre certos acertos, o longa consegue entregar um filme romântico no ponto certo, capaz de emocionar e entreter uma audiência que já estava carente por produções mais maduras, escassa por uma leva de romances juvenis.


Este trabalho bem feito não seria possível sem uma direção sensível e feminina de Elizabeth Allen Rosenbaum e da química implacável do casal protagonista que transbordava pelas telas. Feito mais do que impressionante devido aos recentes trabalhos de ambos que beiravam a mediocridade, fazendo pensar se a falta de bons trabalhos teria sido pela própria atuação ou uma péssima direção.


O roteiro de Liz W. Garcia e Kyle Jarrow aparentam ser verossímil a obra que foi baseada para a criação do produto final. Isso acaba sendo uma moeda de troca tanto positiva, quanto negativa: De um lado, temos todos os clichês que funcionam e que transformam a narrativa em um verdadeiro sucesso; Do outro, temos um roteiro que não sabe traçar uma linearidade além da estrutura literária, tendo que correr contra o tempo para finalizar arcos e com isso, deixando diversos plots e acontecimentos para um final que perde força em seu todo. Um dos pontos capazes de fazer revirar os olhos é a clássica homenagem ao patriotismo americano e de seus soldados. Apesar da própria protagonista ainda tecer comentários contra, obviamente um filme americano não perderia a oportunidade de produzir seu clássico patriotismo.

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Talvez sabendo dos seus defeitos, a narrativa utiliza fortemente a química do casal. Obviamente que em narrativas do gênero, o foco é dado exatamente para ele, mas aqui, percebe-se uma entrega muito facilitadora entre os atores, sendo com uma construção coletiva feita de forma respeitosa. Não é atoa que o filme possui uma produção majoritariamente feminina ocupando alguns dos cargos de poder na hierarquia do longa.


“Purple Hearts” é um produto facilmente agradável para uma geração de fãs literários e amantes do gênero. Mesmo possuindo seus defeitos, é um emocionante filme carregado de paixão que sem perder a maturidade necessária, entrega sua essência de clichê batido até bem.

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Matinê Baiana

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