Crítica: "Encanto"
- Clara Ballena
- Dec 27, 2021
- 2 min read
Estreado nos cinemas no dia 25 de novembro deste ano, e tendo sua estreia no streaming Disney+ quase um mês após o seu lançamento, “Encanto”, 60ª animação feita pela empresa, é uma bela e necessária história capaz de encantar toda a família.

O filme conta a história de Mirabel (Stephanie Beatriz), uma das integrantes da família Madrigal, em que todos são abençoados por poderes mágicos e servem como guias para sua cidade, ajudando e sendo a base fundamental para que essa sociedade funcione. Sendo a única a não receber seus poderes quando criança, Mirabel cresce a sombra da sua família extraordinária. Quando percebe que há algo de errado com a magia, Maribel fará de tudo para salvar seu lar.
Tendo uma base cultural centralizada na Colômbia, o filme possui um forte impacto cultural, homenageando a regionalidade com seus costumes e trazendo uma leva de atores e atrizes hispânicos para dublarem seus personagens. Desde os pequenos detalhes, até a narrativa em si, o filme não mede esforços para trazer um realismo a essa narrativa fílmica mágica.
Contendo 12 personagens, a família Madrigal é apresentada com facilidade através do artifício musical que embala a narrativa de forma lúdica, dinâmica e trazendo adesões à narrativa. Logicamente, alguns personagens acabam tendo pouco destaque, porém sabiamente colocados em um roteiro que, não se esquece de pontuar a importância deles, e como todos são essenciais para base estrutural narrativa e familiar.

Se distanciando cada vez mais da estrutura vilanesca clássica da Disney, diversos filmes da companhia passaram a seguir uma linha de antagonistas que, no decorrer da trama, entram em processo de redenção. Aqui, isso não é diferente. O ponto chave do filme, que o destaca dos demais já apresentados, é o fator da temática chave também ser o criador do antagonismo fílmico: Relações familiares.
A direção do trio é composta por Byron Howard, Jared Bush e Charise Castro Smith, os dois últimos, também assinam o roteiro ao lado de Lin-Manuel Miranda, que compõe canções originais do filme. A união dessas mentes credita ao filme uma experiência e naturalidade em acreditar no seu projeto, entregando um material inovador, diferenciado e utilizando dos avanços tecnológicos para trazer mais realismo ao mesmo. O filme utiliza pela primeira vez tecnologia avançada para trazer mais traços aos olhos dos personagens, além de se preocupar em utilizar “luz natural” durante todo o filme. Ou seja, todas as luzes que iluminam os personagens e cenas, são feitas através de luzes projetadas pelo Sol, Lua e velas presentes no ambiente.

A trilha prende e embala o público em uma melodia dançante que traz para o filme elementos essenciais para a narrativa. Lin-Manuel Miranda continua a surpreender e entregar total dedicação e qualidade aos seus trabalhos.
“Encanto” é um filme divertido para as crianças e emocionante para os pais. Um filme necessário para toda a família, que traz mensagens importantes em sua temática mais que essencial.



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