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Crítica:“Pantera Negra 2: Wakanda para sempre”

É difícil não se emocionar com este filme. Desde as cenas iniciais até os últimos momentos, “Pantera Negra 2: Wakanda para sempre” é uma onda de emoções carregada pelo luto que foi deixado pelo querido e talentoso ator, Chadwick Boseman, eterno Pantera Negra que infelizmente nos deixou cedo demais.

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Após a morte prematura do rei T'Challa, Wakanda se encontra seu seu protetor e líder. Em uma tentativa de defender sua terra após essa perda avassaladora, Rainha Ramonda (Angela Bassett) e Shuri (Letitia Wright) deverão lidar com o luto em suas diferentes formas, a fim de manter sua nação unida, ainda mais agora com um inimigo poderoso.


Com o encargo de conduzir um segundo filme do mesmo nível de sucesso que seu antecessor, enquanto ainda tinha que lidar com o luto grupal de sua equipe, Ryan Coogler, diretor e roteirista do filme, consegue mesmo com dificuldades, conduzir uma narrativa madura e consolidada mais um vez em seu rico universo, onde o peso do luto se duplica quando choramos, assim como os personagens, ao dizer adeus ao ator e personagem.


O luto é a temática, protagonista e conflito nessa narrativa. Tudo gira em torno dele, e a cadeia de causa e consequência é aplicada com causalidades e problemáticas que, na narrativa, tem lógica, mas estas são causadas de maneira tão simplista que talvez só consiga enganar o público pelo seu envolvimento emocional.


A duração de 2h40 pesa em alguns momentos, mas a cadeia de eventos é tão rápida e ágil que eles são pequenos, podendo passar despercebidos. A apresentação de novos personagens e do novo universo é construída com a proeza já reconhecida do diretor, que consegue mais uma vez desenvolver um antagonismo digno de gerar conflitos em relação a que lado da história devemos torcer.

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A potência construtiva de Tenoch Huerta como Namor, é estonteante. Seu olhar representa a fúria e poder que o personagem carrega, sendo ecoado mesmo em momentos em que sua fala aparenta ser pacífica. O time de peso dos atores traz uma carga emocional tão bruta para o longa que a câmera deixa eles brilharem ao focar em seu olhar de tristeza e luto em uma linda fotografia comandada por Autumn Durald.


Passar um manto consagrado, e marcado na memória do público com tanto amor não é fácil, e o próprio elenco não parece se encarregar de tentar ocupar esse espaço. Esse espaço já foi preenchido, e agora, só nos resta a saudade. Com isso, o impacto criado pela passagem do novo manto não é da mesma proporção que seu antecessor. Essa troca se torna um peso para a personagem, aparentando ser algo forçado, afinal, não era ainda sua hora, tornando a essência de ser Pantera Negra nesse filme pequena em comparação ao seu real peso.


“Pantera Negra 2: Wakanda para sempre” é um filme amadurecido tardiamente pelo luto, que entrega uma potência fílmica positiva e avassaladora. O legado de Chadwick Boseman está vivo e pulsa fortemente em cada frame, sendo uma digna homenagem a seu legado na MCU. É lindo e emocionante de ver que a arte do cinema é capaz de manter vivo aqueles que se foram, e honrar, da melhor forma, sua existência e presença.


Pss: O filme possui uma emocionante cena pós-credito!


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Matinê Baiana

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