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Crítica: "The Boys" - 3ª Temporada

Brutal, sanguinário e explicitamente visceral. Estas palavras podem muito bem descrever todas as temporadas da série televisiva “The Boys”, que decidiu ir mais além ao explorar temas sociais e abraçar de vez o teor caótico que propõe.

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Produzida pelo streaming Prime Vídeo, a série possui 3 temporadas (Com mais uma já confirmada em pré-produção). A mais recente, lançada no dia 3 de junho de 2022 com episódios semanais, foi finalizada no dia 8 de julho de 2022.


Em uma tentativa de acabar de vez com o "herói" Homelander (Antony Starr), o grupo recorre a um misterioso componente capaz de acabar de vez com os super heróis. Com a descoberta de que a arma secreta na verdade é outro super que acreditavam estar morto, o herói Soldier Boy (Jensen Ackles), o grupo acaba se dividindo enquanto as tensões e riscos aumentam a cada passo.


Com atuações dignas de indicações às grandes premiações, o elenco de peso sabe entregar das mais variadas emoções. A série possui a capacidade de chocar e trilhar sua narrativa para momentos, tanto de tensão, como de olhar para a tela e refletir: Estou seriamente vendo uma cena como essa? Logo nos primeiros minutos da temporada.


Fica claro que a produção já sabe exatamente como chocar a audiência, que se mantém fiel e clama por mais cenas como estas. Por ter engajado o público desta maneira, às vezes parece que a série é construída a partir destes momentos, ao invés de arquitetar uma narrativa bem estruturada e aí então, incluir estes elementos.


Com isso temos uma temporada com momentos marcantes, mas quando analisada em um parâmetro geral, com personagens soltos ou sem desenvolvimentos capazes de enriquecer a trama. Talvez a dificuldade se dê pela gama de protagonistas, que por existirem tantos, acabam sem saber como dividir ou aprofundar cada um deles. Neste caso, o protagonismo da temporada se dá muito mais pelo trio Homelander, Soldier Boy e Billy Butcher (Karl Urban).

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Outros personagens até conquistam mais tempo de tela e conseguem uma pequena trama para chamar de sua, como no caso de Hughie (Jack Quaid), Leitinho (Laz Alonso) e a dupla Frenchie (Tomer Capone) e Kimiko (Karen Fukuhara). Ou seja, o grupo formado pelo “The Boys” como titulado da série, até consegue um papel ou outro, mas a divisão irregular prejudica a trama, ainda mais quando suas narrativas saem da trama principal e se tornam tantas subtramas, que no final fica difícil simpatizar ou finalizar cada uma delas, resultando em aceleradas soluções simplistas que possuíam grande potencial.


Seja pelos efeitos especiais bem produzidos, pelas mortes sangrentas e corpos se despedaçando, ou pelas críticas e momentos ácidos ligados diretamente à sociedade em que vivemos, “The Boys” é uma excelente produção que se destaca por tudo o aquilo que quer representar, conseguindo realizar este feito brilhantemente.


Mas, por sua popularidade crescente e a necessidade de conquistar seu público fiel, talvez a série já demonstra sinais de tropeços em sua narrativa, algo que se não tiver cuidado, pode prejudicar a série futuramente.

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Matinê Baiana

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