Crítica: "Thor: Amor e Trovão"
- Clara Ballena
- Jul 6, 2022
- 2 min read
Sendo a primeira comédia romântica da Marvel Studios, “Thor: amor e trovão” (Thor: love and thunder) retoma a figura carismática e poderosa do Thor (Chris Hemsworth) em uma aventura familiar guiada pelas brilhantes mãos do diretor Taika Waititi. Pode soar estranho este gênero em uma categoria de filmes de super-heróis, mas não haverão melhores palavras para descrever o que este filme é, e o que ele quer representar.

Com aproximadamente duas horas de duração, (que passam rapidamente) o filme estreia no dia sete de Julho de 2022 em todos os cinemas do Brasil. Nesta jornada, acompanhamos novamente a personalidade do Thor divertido e brincalhão apresentado em “Thor: Ragnarok", filme do mesmo diretor e roteirista deste longa.
Quando o carniceiro dos deuses, Gorr (Christian Bale) procura pela extinção dos deuses, Thor precisa sair de sua busca pela jornada pessoal para combater este mal contando com a ajuda de Rei Valkiria (Tessa Thompson), Korg (Taika Waititi) e sua ex-namorada, Jane Foster (Natalie Portman) portadora do Mjolnir e conhecida agora como Poderosa Thor.
Com um visual altamente carregado por cores e embalado por uma trilha sonora marcante, o longa segue uma espécie de check-list relacionado aos sucessos do seu antecessor, mas tentando neste novo, trazer mais dramaticidade e romance. Pela sua curta duração, principalmente por tentar abranger diferentes temáticas, o filme não perde tempo em iniciar sua jornada, e isto acaba se tornando tanto seu ponto positivo, como negativo.
Pela velocidade dos acontecimentos, somos jogados logo de cara para a aventura, sem perder tempo com cenas que desfazem o crescimento da narrativa. Consequentemente, a aceleração dela acaba tornando cenas em que a carga dramática deveria ser forte, em meros lances dramáticos, não atingindo um potencial equilibrado entre drama e comédia que já vimos o diretor realizar em “Jojo Rabbit” (2019). Sem atingir esse equilíbrio, o longa engrandece na comédia pastelona (incluindo até mesmo cabras berrantes) e perde na dramatização, algo extremamente importante para a proposta apresentada.

As atuações do elenco geral estão no ponto. Seja pela facilidade em adentrar ao papel ou pelo costume de entregar algo já trabalhado, os atores se divertem em seus papéis, permitindo caminhar do cômico ao dramático, sem perder a linha.
Aos novos personagens, tanto Christian Bale como Natalie Portman carregam o pequeno peso dramático existente no filme de maneira positiva. Entendemos os princípios do vilão logo de cara e em algumas cenas o público mais infantil poderá até sentir medo da figura amedrontadora. Já a personagem de Natalie, que assim como nos quadrinhos possui câncer em um quarto estágio, demonstra uma força e protagonismo mais que necessária.
“Thor: amor e trovão” é um filme família, aquele em que pode substituir um clássico de comédia romântica em uma tarde chuvosa. É um filme divertido, leve e que dispõe diversas formas de amor de uma forma clara, mas sem haver punição ou proibição de exibição em países homofóbicos. Ele é o que se propõe a ser, sem adicionar ou retirar traços da direção já conhecida. Pode não ser um filme para todos, ou que agrade os fãs que acompanham ferrenhamente a fórmula Marvel (que continua presente no longa). Ele tem seus defeitos inegáveis, mas consegue ser gratificante em seu meio.
*O filme possui duas cenas pós créditos ligadas diretamente ao futuro do personagem no universo cinematográfico da Marvel.




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