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"Klaus": Um Natal diferente

Klaus” é um filme de animação de 2019 dirigido por Sergio Pablos. O longa é livre para todos os públicos, e dura apenas 1 hora e 36 minutos. A narrativa é um conto natalino e está disponível pela plataforma Netflix.


O protagonista que a audiência segue é Jesper (Jason Schwartzman), um jovem extremamente apegado á sua vida privilegiada. Quando seu pai, o chefe engarregado dos correios mundiais, o manda para Smeerensberg, uma vila em que seus habitantes não trocam nem palavras, Jesper dependerá de um silencioso lenhador chamado Klaus (J.K. Simmons) para voltar á sua vida anterior.


A narrativa do filme foge por toda a duração do primeiro ato dos clichés natalinos, apresentando personagens pouco simpáticos e um ambiente frio e hostil, mas com o desenvolvimento da trama, o tema é revelado, e é bem possível que derreta não só os corações dos habitantes de Smeerensberg, como os da audiência também.



O roteiro, creditado ao próprio diretor e a Zachary Lewis e Jim Mahoney, bate na tecla de que “um ato de caridade real sempre inspira outro”, e a linha de causa e consequência sendo construída a partir daí.


Juntamente com isso, o design de “Klaus” chama atenção pela predominância de formas duras, e até designs mais esquisitos e inusitados, as vezes até lembrando do estilo do diretor Tim Burton. Mas o que o filme oferece é uma estética fresca e que pega o espectador de surpresa.


Tudo no filme é interessante, desde a localização da história aos personagens coadjuvantes. Nada parece transmitir a ideia de natal visualmente, e isso é creditado á ideia de que o natal não só acontece por causa de decorações brilhantes e presentes, mas também de uma atitude gentil e solidária para com o outro, que é capaz de criar pontes em relações antes extremamente desgastadas.


Por falar em relações, as dinâmicas entre os personagens é fantástica, e é maravilhoso assistir o Jesper ir de um jovem implicante, egoísta e imaturo á uma pessoa responsável e que se importa com o projeto. Sua dinâmica não só com Klaus mas com Alva (Rashida Jones) sendo a principal causa para essa mudança.


O filme também explica muitas coisas sobre a figura do Papai Noel (Em Inglês Santa Claus), como a lista dos travessos, e a necessidade de mandar uma carta pedindo brinquedos. Isso não só contextualiza nossas tradições infantis com a narrativa de “Klaus”, como também adiciona valor á própria trama do filme.


Um dos maiores trunfos do filme é a personagem Margú (Neda Margarethe Labba), uma garotinha da etnia Sámi, que mesmo não falando uma palavra na língua dos outros personagens, é uma das personagens mais simpáticas de todo o longa.


Concluindo, “Klaus” é definitivamente um filme de natal, mas seus valores são capazes de ficar na mente dos espectadores por muito tempo, pois não são necessariamente ligadas ás comemorações de fim de ano, mas são sobre pessoas.

 
 
 

1 Comment


Ludmila Pamponet
Ludmila Pamponet
Dec 25, 2021

Já vi este filme, e concordo! É muito legal. E diferente.

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Matinê Baiana

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