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"O Rei do Show": Celebrando a diversidade no plano de fundo

O Rei do Show” (The Greatest Showman) é um filme musical e biográfico de 2017 produzido pela Disney. Ele foi dirgido por Michael Gracey e escrito por Bill Cordon e Jenny Bicks. O longa tem a duração de 1 hora e 45 minutos e a classificação é de 10 anos.

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A narrativa segue P.T. Burnham (Hugh Jackman), um empresário vindo de uma infância pobre, que deseja dar á sua família uma vida mais do que confortável, e alcançar o sucesso e a fama. Ele então organiza um circo em Nova York onde pessoas exóticas que passam a ser uma grande família se apresentam.


O tema do filme é diversidade e a celebração das diferenças entre as pessoas, além de propor a pergunta importante de “Até onde demais é demais?”. A mesma pergunta pode ser perguntada á produção do próprio filme, pois “O Rei do Show” cai naquela categoria de filmes que animados demais com tornar o tema óbvio á audiência e ainda construir uma narrativa com que o publico possa engajar, acaba por se perder.


A primeira percepção é que o filme é amontoado de personagens. São atores com a aparência diferenciada, mas são poucos os personagens que têm mais de 3 falas no filme todo, sendo os pais proeminentes Lettie Lutz (Keala Settle), Charles Stratton (Sam Humphrey) e Anne Wheeler (Zendaya). Isso já enfraquece a ideia de que a trupe de circo é uma família, pois não os vemos interagir.


O que dado o elenco, é uma pena que esses atores e seus personagens foram desperdiçados tão facilmente, minando a ideia de que a individualidade e as diferenças de cada um são o tesouro dessas figuras. “O Rei do Show” pecou profundamente em prometer dar voz a essas pessoas, mas calá-las na maioria das cenas, as relegando a um papel coadjuvante na própria história.

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Isso acontece porque o roteiro de Cordon e Bricks se confunde em estabelecer um protagonista, e que caminho seguir. Hora eles focam na vida real do empresário, hora focam em momentos que pregam a aceitação e celebração da trupe, sem que essa seja propriamente desenvolvida.


Outra coisa que incomoda no roteiro é o descaso para com alguns plot points que acontecem em cena, e são deixados de lado rapidamente, como o conflito entre P.T. Burnham e a família rica de sua esposa, Charity (Michelle Williams), ou a intolerância tanto racial quanto social que a trupe tem que enfrentar. Ou ainda o conflito entre Charity e Jenny Lind (Rebecca Ferguson).


Para além desses problemas, o filme acerta em alguns de seus números musicais e na escolha do elenco. Todos os atores trabalham bem individualmente e em conjunto, entregando tudo de si nos números musicais que são a grande jogada emocional do filme, mas que infelizmente parecem não trabalhar para mover a narrativa para frente, mas somente remarcar um tema já apresentado.


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Em conclusão “O Rei do Show” é um musical divertidinho, que tem músicas que bombaram por um tempo por conta própria, mas que a narrativa é sem rumo e super lotada de personagens e temas que mereciam ser melhor desenvolvidos.

 
 
 

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Matinê Baiana

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