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"O Sal da Terra": A vida de Sebastião Salgado


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O Sal da Terra (Le Sel de la Terre) é um documentário de 2014 de origem francesa e Brasileira conta a trajetória de Sebastião Salgado desde sua infância ao descobrimento da fotografia, e depois do desenvolvimento de suas habilidades como fotógrafo documental. O filme foi indicado ao óscar do ano de lançamento e está disponível nas plataformas Globoplay, iTunes, Looke e Googleplay; e conta com 1 hora e 50 minutos de duração.


O documentário, que é contado do ponto de vista de Juliano Salgado (que dirige o filme junto com Wim Wanders), filho mais velho de Sebastião e parceiro de viagens, e por meio de entrevistas, com o próprio Sebastião, que opina sobre o trabalho, dificuldades de se especializar no ramo humanitário e experiências que seu trabalho proporcionou ao longo dos anos.

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Sebastião Salgado durante um trabalho

Do próprio Sebastião Salgado, com a idade de 70 anos durante a produção do documentário, a audiência ouve histórias fantásticas de lugares que conheceu, trilhas que percorreu e povos com que interagiu e ficamos maravilhados com a sua trajetória e coragem. Como fotógrafo humanitário, Sebastião passou por situações que não desejaríamos ver por conta própria, mas era seu trabalho, e suas fotos são verdadeiras denúncias.

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Foto de Sebastião Salgado

O filme é quase todo construído na língua francesa, desde o texto que aparece na tela, á maioria dos depoimentos que temos da família Salgado. Isso se dá não só apenas pela produção parcialmente francesa, mas pelo fato de que durante a ditadura militar (1964- 1985), a família Salgado viveu na França, onde os filhos cresceram. A intimidade com a língua francesa adiciona um ar de seriedade á mais ao projeto.


(Descobri que há duas versões do documentário, uma em que o narrador fala em francês, e outra em que o narrador fala em inglês.)


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Foto de Sebastião Salgado

Intercaladas com os depoimentos, temos as famosas fotos de Sebastião. Todas em preto e branco como é seu estilo, são fotos incrivelmente sensíveis, e igualmente tristes, cruas. São realmente fotos-denúncias, principalmente pelo contexto oferecido pelo próprio fotógrafo. Além disso, elas retratam a condição humana em suas formas mais simples, mais devastadoras, e ocasionalmente mais heroicas. É um banho de perspectiva que nos é apresentado.


Sebastião também fata do impacto negativo que seu trabalho surtiu sobre seu emocional. Estava desacreditado, depressivo e desanimado com a condição humana depois de tantas tragédias testemunhadas. Disso nasceu o Instituto Terra, um projeto proposto por Lélia Salgado, autora, produtora e ambientalista, além de esposa de Sebastião.

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Sebastião e Lélia Salgado no Instituto Terra

O Instituto foi criado com o objetivo de recuperar a Mata Atlântica que antes compunha uma grande parte da fazenda em que Sebastião Salgado passou sua infância. O documentário deixa claro que administrando o projeto, Sebastião encontrou sua nova vocação como fotógrafo ambiental, e seu trabalho continua cheio de histórias para contar.

 
 
 

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Matinê Baiana

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