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Os Três Mosqueteiros: Dois Por Um Dessa Vez

Quando pensamos em Épicos, normalmente pensamos em histórias como "Os 12 trabalhos de Hércules" ou outro trabalho clássico. Mas épicos modernos existem aos montes, inspirando gerações e encantando com sua narrativa envolvente.

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François Civil como "D'artagnan"

"Os Três Mosqueteiros" é certamente um desses. A história, criada por Dumas há quase 200 anos, já foi adaptada aos montes. Em 2023, no entanto, chega uma releitura de origem francesa, pelas lentes de Martin Bourboulon.


"Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan"(Les Trois Mousquetaires) é um drama histórico que chega no dia 20 de Abril aos cinemas Brasileiros e conta com 2 horas de duração. O interesante na entrega do filme no entanto, é que ele promete entregar "2 por 1", pois sua sequência "Os Três Mosqueteiros: Milady", chega aos cinemas em Setembro de 2023.

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Esse primeiro filme tem como protagonista o jovem D'Artagnan (François Civil), que chega á Paris com o intuito de entrar para a academia real de mosqueteiros. Uma vez lá ele cruza o caminho de Aramis (Romain Duris), Porthos (Pio Marmaī) e Athos (Vincent Cassel), três duelistas. A amizade se desenvolve daí e quando um deles é incriminado e preso, D'Artagnan entra numa jornada que encobre uma conspiração para destituir a coroa francesa.


Embora a narrativa de 179 anos de idade já tenha sido mostrada nas telonas muitas vezes, a imagem cômica que temos dos 3 mosqueteiros serve muito bem á esse filme, que está livre para entregar uma narrativa séria e dramática, pegando a audiência de surpresa. Somos introduzidos á França no final de 1600, e embora a história de Dumas seja ficcional, é evidente que ele se inspirou em eventos reais que antecederam a Revolução.

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Há várias subtramas que começam e terminam rapidamente, uma delas - a incriminação de Athos - leva á outra, mais grandiosa ainda. Embora no final essas subtramas sejam mais ou menos explicadas, a audiência que está acostumada com uma trama central única pode se confundir um pouco.


Essa estrutura lembra um pouco o estilo literário, e é bem possível que Bourboulon tenha sido bem fiel ao material original.


Fiel também são os protagonistas. Embora todos sejam mais estereótipos do que personagens mais ricos, isso funciona bem em "D'Artagnan", que reserva sua complexidade para a trama e as situações. Assim, temos o jovem e atrogante, mas também competente e corajoso D'Artagnan; o nobre, experiente e honesto Athos; o charmoso e levemente amoral Aramis; e o caótico Porthos.

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Além dos heróis, a presença mais forte é a da "Milady" (Eva Green), uma vilã unidimensional - por enquanto, pelo menos - cuja avareza e crueldade a faz uma personagem extremamente fria e analista. Pelo pouco tempo de tela nesse primeiro filme, é possível concluir que a personagem vai representar um grande obstáculo para o quarteto.


No mais, outros personagens chegam no mesmo estilo, estereótipos que servem uma função única, mas que pela trama, não recebem muita atenção. Há alguns que têm a possibilidade de estarem mais em cena no filme seguinte.


"Os três Mosqueteiros: D'Artagnan" é um filme que empolga e tem todas os aspectos para um excelente filme de aventura e história. A narrativa é bem escrita, os personagens servem às suas funções muito bem e os cenários são todos belíssimos e construídos com o máximo de detalhe possível. Para os fãs de aventura histórica, esse épico vai ser um prato cheio.




 
 
 

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Matinê Baiana

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