"Se Enlouquecer... Não se apaixone": Um precessor de um gênero que estourou
- Helena Vilaboim

- Sep 14, 2021
- 2 min read
Se Enlouquecer Não se Apaixone (It’s Kind of a Funny Story) é um filme de 2010 dirigido por Anna Bowden e Ryan Fleck, e produzido pelo estúdio Focus. O Filme está disponível para aluguel nas plataformas ITunes, Claro vídeo e Google play. É uma dramédia com a classificação de 12 anos.

A história segue Craig (Keir Gilchrist), um adolescente que acredita ter depressão e tendências suicidas. Ele então se interna na ala psiquiátrica do hospital da cidade por cinco dias, e durante sua estada, conhece vários personagens que mudam sua perspectiva sobre a própria vida.
O longa é uma mistura entre “Garota, Interrompida” (1999) e “A Culpa é das Estrelas” (2014), com o tema bem óbvio de o protagonista mudar sua visão sobre a vida depois de realmente ver a vida como ela é para pessoas mentalmente perturbadas. Aqui, “Se Enlouquecer Não se Apaixone”, traz uma mensagem de esperança e de que ainda há tempo, e que é bastante eficiente dentro do contexto.

Além da atuação bem convincente, temos um elenco maravilhoso aqui. No papel de algo parecido com a consciência de Craig, mas que também tem sua independência narrativa, temos Bobby (Zach Galifianakis), que parece oferecer uma versão adulta de Craig, algo que talvez acontecesse ao protagonista. Temos Emma Roberts e Zoe Kravitz como Noelle e Nia respectivamente, dois interesses amorosos de Craig. E por final, a maravilhosa Viola Davis como a psiquiatra do hospital, e a outra face da moeda representada por Bobby.

A atenção em relação ás performances dos atores do núcleo dramático do filme vai toda para Galifianakis. Rosto conhecido de outros projetos mais focados na comédia besteirol (uma franquia que por sinal pode ter inspirado o tradução brasileira do título desse filme), ele mostra que tem sim capacidade de entregar uma cena de drama pesado com uma qualidade exemplar.
O filme sensível quando tratando de temas mais pesados, e mesmo com o roteiro, atribuído a Anna Bowden, Ryan Fleck e Ned Vizzini, falando até de momentos explícitos de tentativas de suicídio e outros traumas psicológicos, a direção é cuidadosa para não deixar nada óbvio demais. Um dos pontos fortes da direção em conjunta é acertar em cheio um tom mais juvenil, com cenas divertidas e regadas á trilhas adolescentes.

O longa é um filme divertido sem ser uma narrativa leve, e com certeza vale a assistida quando surge aquela sensação de que a vida não tem muito sentido, e que entrega uma visão otimista de mudança e uma pequena dose das possibilidades de quem ainda está só começando a entender como as coisas funcionam.



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