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"Spiderhead": Faltou Parte Da História

A questão da realidade do livre arbítrio sempre esteve presente no universo cinematográfico. Somos controlados por questões sociais, hormonais, psicológicas e até pelo destino, para quem acredita.

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A nova produção da Netflix, "Spiderhead", dirigido por Joseph Kosinski e escrito por Rhett Reese e Paul Wernick, trata justamente desse tema. O longa estreou na plataforma dia 11 de Junho de 2022 e conta com 1 hora e 50 minutos de duração.


A narrativa segue Jeff (Miles Teller), um jovem detento preso numa ilha remota, que participa de um experimento farmacêutico liderado por Steve (Chris Hemsworth), presumidamente para diminuir sua sentença. Quando Jeff descobre que Steve mentiu sobre uma nova droga que estaria testando, ele decide que os dois estão em lados opostos e que o experimento precisa acabar.


Com uma premissa interessante e nomes de peso, "Spiderhead" peca principalmente na narrativa fraca e cheia de lacunas e na direção chatinha, O que poderia ter sido um bom thriller, passa a ser um filme sem pé nem cabeça, que deixa a audiência confusa em relação aos motivos e as causas daquelas consequências.


Faltou bastante peso na parte da descoberta da nova droga sendo testada e também na dinâmica entre os dois protagonistas; e muitas cenas pareciam repetitivas demais, reforçando um ponto da narrativa que já tinha sido bem explicado. O sentimento que fica é que "Spiderhead" poderia ter sido bem melhor se o roteiro fosse condensado, como um episódio de "Black Mirror".

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Da parte de Kasisnki, a direção já batida e sem inspiração não ajudou em nada na produção. Os takes são em sua maioria bastante batidos e não trazem a sensação de tensão que um filme desse gênero precisa. É extremamente estranho como ele foi responsável por dirigir também "Top Gun: Maverick".


Talvez Kasinski se dê melhor em takes mais amplos em lugares abertos, o que pode ser provado por 2 cenas em 'Spiderhead" que o filme realmente se destaca.


Em relação às performances, quem realmente chama atenção é Miles Teller, seguido de Jurneé Smollet, que faz uma rápida aparição no longa, mas que aproveita cada segundo. Chris Hemswoth faz o papel de vilão carismático estranhamente bem, mas sua performance lembra muito a de "Thor: Ragnarok", pela energia relaxada que os dois personagens compartilham. E a sensação que fica é que se o ator não tomar cuidado, vai cair na armadilha de só fazer esse tipo de personagem.

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Em conclusão, "Spiderhead" brinca com temas interessantes, mas o filme nunca entrega na promessa, e por isso se torna um produto fraco e esquecível, apesar de performances interessantes que infelizmente não são bem aproveitadas.

 
 
 

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Matinê Baiana

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