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"007 - Sem Tempo para Morrer": O apagar das Luzes


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Lançado em 30 de Setembro de 2021, o filme “007: Sem Tempo para Morrer” (007: No Time To Die) é o último filme em que é apresentada a versão do espião britânico interpretada por Daniel Craig, que começou a sequência em 2006 com “007: Cassino Royale”. O filme foi dirigido por Cary Joji Fukunaga, novato na franquia, e está disponível nos cinemas, tendo a duração de 2 horas e 43 minutos.


O filme começa com James Bond (Daniel Craig) vivendo na Jamaica com Madèline (Léa Seydoux), depois de sua “aposentadoria”. Quando um amigo da CIA, Felix (Jeffrey Wright) entra em contato pedindo ajuda com um caso, e ele descobre que é muito maior do que se pensava, Bond não tem escolha senão voltar á ativa.

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Daniel Craig e Léa Seydoux em "Sem Tempo Para Morrer""

A direção de Cary Joji Fukunaga é bem orientada para a ação em cena, e por isso não decepciona, entregando exatamente o que esperamos de um filme da franquia. As cenas começam com explosões, tiros sendo disparados, pneus cantando. São rápidas, mas bem construídas mantendo o espectador não só a par do que está acontecendo, mas também na ponta da careira esperando pelo que vem a seguir. (O melhor mesmo é assistir com um sistema de som potente, como nos cinemas)


Na despedida de Craig do papel, tivemos um desfecho de um arco narrativo que começou no filme de 2015, “007: Contra Spectre”. É um final definitivo, que abre muitas portas para o futuro pós Craig da franquia, caso a MGM decidir continuar com a saga espiã.

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Daniel Craig e Ralph Fiennes como "007" e "M"

Além de Craig e Seydoux, outras faces familiares populam as cenas. Ralph Fiennes retorna como “M”, assim como Ben Whishaw e Naomi Harris retornando como “Q” e Eve Moneypenny. Ainda, vemos o retorno de Christoph Waltz com o derrotado Blofeld. É uma despedida única e bem fechada, e o filme fecha com chave de ouro a série de 5 filmes estrelando Daniel Craig.


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Lashana Lynch como "Nomi"

Mas o filme está muito longe de ser só uma reprise de personagens que já conhecemos, o longa nos apresenta carinhas novas que prometem, e muito. Conhecemos Nomi (Lashana Lynch), que pode muito bem carregar o manto do “simples número”. Sua performance é segura e destemida, e a personagem é bem construída, e promete boas histórias.

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Ana de Armas como "Paloma"

E Paloma (Ana de Armas), que com certeza vai voltar para uma nova leva de filmes da franquia, seu pouco tempo de tela parece ser meramente uma vitrine para mostrar do que a personagem é capaz e que ainda tem muita história pela frente.


As duas dão um show de performance, apesar de tendo aparecido em papeis relativamente menores.


Depois de seis anos de espera desde “Contra Spectre”, o longa tem a trabalhosa função de fazer os espectadores esquecerem do fracasso narrativo que foi seu anterior, e por isso houve um investimento considerável na preparação do roteiro. Ficaram responsáveis por ele: Robert Wade, Neil Purvis, Cary Joji Fukunaga e Phoebe Waller-Bridge. O resultado é uma carta de amor não só á franquia, que tem seu início em 1962, mas para a saga que estrelou o James Bond de Craig também.


O roteiro trata eventos passados muito bem, trazendo uma sensação não só de causa, mas de consequência, montando tudo direitinho para o apagar das luzes. É um roteiro que é capaz de relembrar o público porque temos esse fascínio com o personagem, e que James Bond é um dos que chegam mais perto de ser um herói mítico. “Sem Tempo para Morrer” junta tudo o que amamos num filme do Bond e nos entrega numa bandeja de ouro.


Uma das coisas que pode prejudicar o filme, no entanto, é o fato de que as produtoras do filme investiram muito bem na divulgação do filme antes da pandemia começar, e não houve a continuação dessa divulgação. As pessoas que se lembrarem da estreia do filme vão provavelmente ter uma sensação de “ah é, tem esse filme passando”. Longe de ser o ideal para uma franquia que se vale de blockbusters, o longa pode sofrer um pouco no box office por causa disso.

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Concluindo, “Sem Tempo para Morrer” é um filme bom da franquia, que carrega muito bem a carga emocional de ser o último do ator como o protagonista, e promete algumas horas de pura adrenalina e ação.

 
 
 

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Matinê Baiana

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