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"O Esquadrão Suicida": Finalmente um que funciona!

Depois do desastre dos comentários dos críticos em 2016, a Warner decidiu embarcar na onda de produzir reboots e em 05 de Agosto de 2021, temos acesso ao filme “O Esquadrão Suicida” nos cinemas Brasileiros. O filme é totalmente novo, apesar de seguir com a mesma premissa que seu antecessor. E as semelhanças param por aí, porque não existe nem comparação.


A história segue uma equipe de super vilões do universo cinematográfico da DC comics que foram presos por seus crimes. Na prisão, eles têm a chance de reduzir o tempo de suas sentenças se participarem de um projeto comandado por Amanda Waller (Viola Davis), que surge para realizar alguns “trabalhos sujos” para o governo. Nisso, conhecemos Harley Quinn (Margot Robbie), Bloodsport (Idris Elba), Rick Flag (Joel Kinnaman), Peacemaker (John Cena), Polka Dot Man (David Dastmalchian), King Shark (dublado por Sylvester Stalone), Ratcatcher 2 (Daniela Melchior) e outros.

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O comando do longa, pelo diretor James Gunn, foi uma escolha arriscada e que foi recebida com hesitação pelos fãs da DC, visto que Gunn tinha trabalhado para a Marvel algumas vezes - E esse compartilhamento de diretores entre as empresas já tinha dado incrivelmente errado com um projeto anterior: Liga da Justiça em 2017 - , mas visto o produto final, não há dúvidas de que James Gunn foi a escolha certa para o projeto. Com takes e movimentos de câmera que lembram um vídeo de música no início do filme, cenas caóticas que casam com a temática do filme, a direção de Gunn traz uma energia alucinada ás cenas, que é exatamente o que o filme pede.


Por isso, é possível que fãs da franquia “Guardiões da Galáxia”, dirigida também por James Gunn, se divirtam assistindo “O Esquadrão Suicida”, pela familiaridade dos planos e alguns rostos mais que familiares vindas do universo Marvel.

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Pôster Individual da Harley Quinn

O roteiro assinado pelo próprio James Gunn, é outro acerto do longa. A Harley Quinn em especial, parece que foi escrita da mesma forma da animação onde a personagem é a protagonista (Disponível na HBO Max), o que foi um alívio. Margot Robbie aqui dá uma performance maravilhosa e honesta, desenvolvendo melhor as facetas da Harley que começaram a ser exploradas melhor em “Aves de Rapina”.


A narrativa é amarrada e simples, tendo seu brilho nos personagens que descem redondo no contexto em que eles estão inseridos e a dinâmica entre eles, que beira o absurdo, mas que é extremamente espirituosa e uma das melhores coisas do filme. Durante o longa, é difícil não achar que no fundo, eles podem ser boas pessoas.

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Peter Capaldi como "Thinker"

Com um grupo de vilões com a missão de salvar o mundo, uma tarefa normalmente deixada para os heróis, "O Esquadrão Suicida" nos apresenta um outro antagonista, pior ainda. É aí que entra "Thinker" papel de Peter Capaldi. Sua performance aqui é familiar aos que acompanharam sua estada na série Inglesa "Doctor Who", apesar de que o Thinker é alguém que além de uma crítica política, traz uma satisfação no final.


Uma das únicas coisas em relação ao roteiro e á motivação do personagem do Idris Elba para entrar no Esquadrão Suicida é que ela soou fraca e não sendo do feitio do personagem construído até o convite. É um dos únicos momentos em que a mão de James Gunn pesou ao escrever a cena.


Assim como todos os filmes que tendem a prestar homenagem á uma década ou era passada, inclusive sendo uma ferramenta narrativa muito presente nos projetos de Gunn para a Marvel, a trilha sonora no longa é muito boa, e sem dúvida cuidadosamente escolhidas. Não há como não argumentar que ela serve de muletas, como é normalmente o caso de filmes assim, mas “O Esquadrão Suicida” é um longa que embora fique mais forte e memorável com as trilhas inseridas, não deixaria de ser uma boa experiência sem elas. Aliás, o filme foge do cliché sendo formado recentemente por escolher músicas menos conhecidas, ou que ainda não sejam famosas nas redes sociais.


Para quem gosta de ação e está esperando algo animado nesse filme, não há decepção. Com toques Tarantinescos, as cenas parecem se superar á cada minuto. Apesar de não chegar ao ponto de ser algo inovador, a ação em “O Esquadrão Suicida” é fiel ao estilo dos personagens e tem seus momentos de brilho, principalmente em uma cena em que a Harley Quinn está separada do grupo.


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O Esquadrão Suicida”, de 2021 consegue redimir o fiasco de 2016 e ainda é um filme único e super divertido, que vai com certeza arrancar risadas surpresas de todos que o assistirem. O filme é uma prova viva e em movimento do acerto que é colocar uma pessoa que ama o universo que está criando, junto com um elenco maravilhoso e experiente.


PS: Seguindo a tradição da Marvel, “O Esquadrão Suicida” tem uma cena pós créditos.


 
 
 

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Matinê Baiana

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