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Venom 2: Tempo de Carnificina

Sabe quando alguém tem uma boa ideia, mas não sabe executá-la? “Venom 2: Tempo de Carnificina” é assim. Continuando a narrativa trabalhada no primeiro filme, Venom 2 possui uma premissa interessante, mas com sua execução acelerada demais e sem criatividade, se torna um filme que aparenta ser apenas um longo prólogo para cena pós crédito.

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Com 1h30 de duração, Venom diverte aqueles que se interessaram pelo relacionamento entre Eddie e Venom, podendo entreter em alguns momentos, mas sempre de modo tão corrido, que os impactos que o filme propõe a trazer acabam se perdendo pela falta de uma construção mais elaborada.


Buscando encontrar o equilíbrio nesse relacionamento simbiótico, Eddie (Tom Hardy) e Venom tentam lidar com suas diferenças. Quando uma ameaça nasce através do Serial Killer, Cletus Kasady (Woody Harrelson), que assume a forma de “Carnificina”, uma versão mortal e vermelha do Simbionte Venom, os anti-heróis devem se unir para combater esse mal. Dessa vez, mais destrutivo e maligno.

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O filme a todo o instante parece estar em velocidade 1.5X, como é oferecido para alguns assinantes da netflix, em que eles podem acelerar a velocidade de uma série ou filme enquanto os assistem. Para aqueles que não gostam de enrolações, a narrativa proposta pode os interessar, já que ela não demora para desenvolver seus acontecimentos, os jogando em uma cadeia de eventos sucessivos, sem dar tempo aos personagens de respirar, ou ao menos se desenvolverem.


Assumindo novamente a direção e roteiro, Andy Serkis e Kelly Marcel parecem estar acostumados com o formato que criaram no filme anterior, assumindo uma direção e roteiro sem riscos ou diferenças em relação ao primeiro filme.


Os atores parecem não ter dificuldades em reprisar os seus papéis, estando ali sem esforço fazendo o básico e se entretendo com isso. Os atores presentes no primeiro filme, como Tom Hardy e Michelle Williams mantêm as mesmas atuações, encontrando o mesmo equilíbrio do antecessor. Aos novos personagens, Woody Harrelson e Naomie Harris assumem bem a psicopatia necessária para seus personagens. O filme gira no

romance maníaco entre eles, entregando cenas positivas, mas sem algo grandioso.

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As cenas de ação são bem produzidas, e os efeitos entre as transições humanas a simbióticas não deixam a desejar. O visual da Carnificina agrada e se assemelha ao visual dos quadrinhos, e as batalhas entre ele e Venom conseguem transmitir a sensação de uma luta entre gigantes, em que não se é possível saber primeiramente quem venceria a batalha final.


Os diálogos parecem fazer piada de si mesmo a todo o instante. O título do filme é dito pelos personagens mais de uma vez. Títulos de músicas são usados como frases de efeitos, e frases prontas que deveriam ser tratadas como o momento crítico e importante para a trama, se tornam motivo de piada pelo ridículo. Há piadas com relação de violência doméstica e uma cena extensa em que correlacionam a libertação de Venom, como se ele estivesse assumindo a sua sexualidade. Se a proposta do filme era de uma trama corrida, apresentando os pontos principais para contar a história, pontos como esse realmente são o que eles consideram como importantes?


“Venom 2: Tempo de Carnificina” agrada aqueles que desejam um entretenimento próximo ao estilo apresentado desde o primeiro filme. O próprio aparenta reconhecer seus erros e defeitos, mas não faz nada de diferente por já ter montado uma base suficiente para arrecadar positivamente nas bilheterias e estar em alta na mídia.


A surpresa e impacto principal do filme estão na cena pós-crédito. Tendo somente uma, que não demora muito tempo para surgir, ela abre uma infinidade de possibilidades que são extremamente positivas aos fãs, trazendo o “Protetor Fatal” como Eddie e Venom se denominam, para um novo universo de possibilidades narrativas.


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Matinê Baiana

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