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"Batem à Porta": Outra Vez, Shyamalan?

Por dois filmes seguidos, parece que M. Night Shyamalan está num período instável da carreira. O diretor ficou consagrado depois de "Fragmentado" e "Corpo Fechado", mas desde "Tempo", o cineasta parece desfocado, sem saber exatamente como continuar o caminho com que sua fan base se acostumou.

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Chega hoje aos cinemas brasileiros "Batem à Porta" (Knock at the Cabin), adaptação do livro de mesmo nome, e obra que está dividindo a reação da audiência. O longa conta com 1 hora e 40 minutos de duração.


O filme segue Eric (Jonathan Groff), Andrew (Ben Aldridge) e Wen (Kristen Cui), uma família de férias numa cabana na floresta nos estados unidos. Quando quatro estranhos carregando armas batem à porta anunciando o início do apocalipse e entregando-lhes a responsabilidade de pará-lo, a família tem que escolher entre opções impossíveis.


A premissa do filme já entrega uma vibe de suspense sobrenatural, como outros trabalhos do diretor, que seguem na ordem de mostrar a audiência que aquelas situações estão acontecendo, mas sem explicar como ou porque. Infelizmente, em "Batem à Porta" isso pesou um pouco mais para o lado da irritação, devido ao simbolismo religioso facilmente detectável.

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Isso acontece porque mesmo que esses quatro estranhos: "Leonard" (Dave Bautista), "Rredmond" (Rupert Grint), "Sabrina" (Nikki Amuka-Bird) e Adriene (Abby Quinn) claramente fazerem uma alusão aos Cavaleiros do Apocalipse, esses quatro personagens são apresentados como pessoas comuns, e sua função no começo do fim do mundo é questionada por Andrew várias vezes, o que chega a impactar a confiança dos estranhos.


A estrutura da narrativa também sofre com descuidos. Como o início do filme já começa apresentando os antagonistas, o longa toma alguns minutos entre a trama principal para inserir alguns flashbacks para introduzir o casal protagonista. Além dessa escolha quebrar o ritmo do filme, pode complicar o apego emocional da audiência para com os protagonistas. Isso é importante pois fazendo os espectadores se importar com o futuro do casal, poderia fazer com que a atenção dos furos no roteiro fosse desviada.

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Em conclusão "Batem à Porta" poderia ter sido um filme de suspense muito melhor do que ele é, e do que queria ser, se M. Night Shyamalan tivesse tido mais atenção aos detalhes da narrativa, e não esperasse que a audiência fosse de acordo com todas as premissas mal explicadas do filme.


 
 
 

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Matinê Baiana

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